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Criança e natureza, uma conexão que precisamos promover

Atualizado: 22 de abr. de 2021


Não é segredo pra ninguém que o contato com a natureza é riquíssimo em diversos aspectos. O desenvolvimento da criatividade, iniciativa, tomada de decisão, autoconfiança, empatia, são apenas alguns dos inúmeros aspectos desenvolvidos nas crianças pelo contato com os elementos que a natureza nos proporciona, terra, água, pedra, folhas, brincar ao ar livre, enfim.


Há um tempo me dei conta de estar privando meu filho deste contato, mesmo reconhecendo seu valor imensurável, percebi que criava mil desculpas para fugir de determinadas brincadeiras e atividades que demandariam sair de minha “zona de conforto”. Desculpas tão sem sentido que não consigo nem descrever aqui, mais consigo descrever o temor por de traz destas desculpas, a sujeira que iria ter de limpar, o banho a mais que teria de dar, afazeres de casa que teriam que ficar pra mais tarde, as escadas a mais que precisaria subir e descer com ele no colo. Privação ocasionada por uma exaustão minha.

Ao deparar-me com um Manual de Orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria sobre “Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes” de 2019 iniciei uma reflexão bastante transformadora, onde diante de cada questionamento o próprio manual já sinalizava as respostas:


1º QUAL É A PRIORIDADE? Ele, o tempo dele, este tempo que é o agora, este tempo que não voltará. É agora que ele precisa explorar, é agora que ele precisa desenvolver habilidades e conexões; “Conte ao seu filho histórias sobre a sua infância, as brincadeiras que fizeram parte dela e o papel das áreas naturais e dos espaços abertos nesse período da sua vida.” p.17;


2º QUAL O EXEMPLO QUE QUERO DAR? Uma mãe que fica só dentro de casa, com o celular na mão, sempre ocupada com algum afazer? Ou uma mãe que brinca junto, que traz novos estímulos, que desperta a criatividade e que também traz o senso de ordem; “Sirva de exemplo, vá para fora de casa.”p.16;


3º COMO ME ORGANIZAR? Preciso ser mais presente, mais não posso viver no caos da bagunça; “Guarde algum tempo - ao menos uma hora por dia - para que ele possa brincar ao lado de fora com liberdade e autonomia.” p.16


Então concluí que não preciso me descabelar pra fazer acontecer, mudanças simples no meu dia a dia poderiam proporcionar grandes mudanças na educação e desenvolvimento do meu filho. Levá-lo pra dar uma volta na pracinha, deixar que pise descalço na grama, levar pra dentro de casa pedras, galhos secos para incluí-los nas brincadeiras, oferecer livros e materiais que falem sobre a natureza e principalmente me RECONECTAR com a natureza para que meu exemplo possa fazer a promoção desta conexão de forma natural, simples e duradoura.

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